Não sei mais, com certeza, o que deveria fazer. Se deveria continuar tentar levar minha vida a novos rumos e novas fontes, ou simplesmente ficar inerte e deixar que a maré de emoções presentes em minha vida me guie através de caminhos inimagináveis. Sei porém que já percebo novas esperanças, novas luzes de felicidade na escuridão que se tornou meu coração. Se tais esperanças irão durar e permanecer comigo até mesmo através dos momentos difíceis é outra questão, uma questão em que a resposta talvez dependa apenas de mim mesmo e de minha determinação em tornar esses gloriosos raios de esperança e felicidade em uma luz constante e importante em minha vida. A felicidade de outros foi algo que sempre almejei, mesmo em detrimento de minha própria vida, mas na situação atual me observo finalmente buscando a minha felicidade, sozinho ou não, de preferência acompanhado por uma pessoa que possa entender o que cada momento significa para mim, uma pessoa que compreenda que as pequenas coisas podem fazer grandes diferenças, uma pessoa com quem possa dividir estes momentos de felicidade e admiração. Não sei ao certo se este é o momento correto, se é a pessoa correta, provavelmente nunca saberei, só sei que não quero ter que esperar e me policiar novamente. Espero que os dias de amor e felicidade em companhia da pessoa certa, finalmente tenham chegado e nunca mais me abandonem, mesmo que tenha que aguardar mais um pouco para desfrutá-los ao lado de alguém verdadeiramente especial.
Acho curiosa a capacidade humana e a minha, obviamente, de suportar dores, tristezas e feridas que tanto físicas quanto emocionais podem chegar a proporções inimagináveis. Somos sobreviventes, nos adaptamos e às vezes melhoramos. Acredito porém que este singelo autor possui um “sistema de defesa” falho, visto que existem algumas dores que não consigo superar. Uma lembrança quem sabe, um amor perdido, uma vida perdida. Estas dores insuperáveis estão relacionadas sempre a uma outra pessoa, sempre a mesma pessoa, da qual não consigo me afastar por outro sentimento tão sublime que me dá forças e ao mesmo tempo me atrela às dores do tempo e da vida ao ser forçado a observar coisas que não gostaria, observar situações em que a morte seria uma opção mais agradável do que olhar algo indesejável para meu coração, para minha alma. Verdadeiramente, depois de muito tempo, não sei mais que outras opções tenho, não sei mais o que fazer além de observar estático minha vida se esvair por entre meus dedos e ir para os braços de outro. Muitas pessoas podem afirmar que qualquer dor é superável, mas encontro defesa nas palavras do grande Shakespeare que afirmou: “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” Talvez esta pessoa que mudou minha vida esteja lendo isto com os olhos de um estranho, ou talvez esteja verdadeiramente lendo isto com os olhos da única pessoa que conhece meu interior, minha personalidade, meu espírito. E portanto, apesar do sentimento de dor e tristeza, eu gostaria de dizer obrigado, por verdadeiramente me fazer feliz, por me mostrar o verdadeiro amor, o qual eu sei que apesar do tempo e da tristeza, nunca irá acabar. No final, estarei como sempre estive, de braços abertos esperando você, mesmo que este dia não chegue. Termino agora essa linha de pensamento com uma frase que já lhe disse muitas vezes. Eu te amava, e ainda amo.
Nunca entendi como o amor poderia se tornar um ódio puro. Mesmo agora depois de tudo, ainda não entendo. Entendo porém como o amor (apesar de continuar presente) pode gerar tristezas e dores de dimensões tão imensas que ofuscam esse sentimento tão sublime. A vida é triste, dói, machuca e na verdade só serve para isso. Não se pode acreditar nas pessoas, não se pode acreditar portanto, no amor. Dores imensas afligem a minha alma, tristezas em proporções fenomenais atingem a minha mente, mas sei que no fundo deste maldito coração, ainda está presente o amor. Esse coração deve ser ignorado, deixado para trás, para que nunca mais solte seu mal sobre minha alma, visto que jamais me recuperarei deste momento. A vida não presta. Eu não presto…
Muitas vezes as pessoas não percebem o quão imenso será o arrependimento das próprias ações quando as consequências se tornarem presentes. As pessoas não percebem que paciência tem limite e, muitas vezes, pode vir a acabar de forma muito rápida. Com o tempo, com os erros, as únicas pessoas que realmente significavam algo na sua vida (apesar de você mesmo não perceber) vão embora. Um amigo de verdade que vai embora, um parente que faleceu, um amor que esfria por causa da indiferença. Este último vem ser a causa do maior arrependimento possível. Muitas vezes você tem a pessoa que pode ser a única na sua vida, mas ignora, despreza, até que finalmente esta pessoa se cansa e decide levar a vida para um novo rumo. As pessoas se arrependem e sentem muito quando já é tarde demais. Algumas pessoas são - verdadeiramente - insubstituíveis.
O coração do poeta é diferente quando ama, não se encontra nele tristeza ou problemas e ele não se encontra perdido na vida, mas na realidade é neste singular momento que o coração toma o lugar de sua razão, fazendo surgir as melhores palavras poéticas num mundo que precisa de amor.
A vida humana é cheia de idas e vindas definidas pela natureza, pelo chamado destino o qual eu pessoalmente creio e não creio. Pessoas podem achar uma discordância das minhas ideias sobre o crer em algo, visto que acabo de afirmar que creio e descreio em destino, mas retifico da melhor maneira que encontro para satisfazer tais acusadores. Acredito em destino na ideia de que sou destinado as dois fins, salvação e condenação, como já dizia Calvino, em que meu destino já foi decidido antes do meu nascimento, através da ideia de predestinação. Mas não acredito em destino na ideia de que todos os eventos da vida já são definidos, não importando as relações de ser com ser, de uma alma para com a outra. Desta forma creio que meu destino – meu fim – foi definido, mas creio que posso mudar muitas coisas em minha vida, muitas coisas podem ser transformadas de acordo com as minhas ações e crenças, talvez até com meus pensamentos. Se acreditasse que todos nascem com todas as ideias e que as ideias vêm antes da existência, como afirma Descartes, seria de toda forma um hipócrita, mentiroso, influenciador, pois, como posso crer que minhas “ideias” podem mudar meu chamado destino sendo que já teria nascido com todas elas, sendo elas inalteráveis em relação ao meio? Passei pelas batalhas da vida, formando novos parâmetros, novos limites em meu ser, cresci com meus desafios e inimigos, aprendi ideias de outrem. Como Paulo disse “Combati o bom combate”, ou seja, passei pelas lutas da vida, da fé, e me mantive unânime em minha crença, em minhas virtudes. Ah como queria ser como os grandes pensadores, como os grandes cristãos do início da cristandade. Olho para mim mesmo e vejo que não sou contemplativo o suficiente para comigo mesmo, não sou tão fiel aos meus preceitos, mesmo que seja tido por muitos como um ser muito teimoso e muito convicto. Para os padrões da atualidade até posso ser, mas fico imaginando como seria minha vida na época de grandes provações para com a fé e para com o ensino, não tenho certeza se defenderia até com minha vida minhas convicções. Perdoai-me ó Deus e sociedade, perdoem-me ó grandes pensadores, grandes revolucionários que deram suas vidas muitas vezes para que eu estivesse onde estou hoje. Não sei se sou realmente digno de seus sacrifícios. Mas a convicção de minha ignorância definitiva é algo completo e que existe por si só, assim procuro melhorar e aprender, para que um dia seja digno de dizer que as reviravoltas em minha vida foram dignas dos sacrifícios de meus antecessores.
Que homem é o homem que não torna o mundo melhor? Faço essa pergunta a mim mesmo todos os dias, mas com outro sentido, não consigo ver que homem serei se não posso ter uma mulher ao meu lado para fazer feliz, se não consigo nem ao menos ter uma companheira. Já tentei muitas vezes, todas fracassadas e ainda não entendo por que. Entrego meu amor a pessoas que não merecem, então tento pegar meu coração de volta, mas o que recebo em minhas mãos não é um coração lapidado com o tempo e esforço da minha vida, mas sim destroços de ódio, tristeza, raiva, rancor e ressentimento, para que eu tenha que eliminar de meu coração todo o mal antes de amar alguém novamente. Não tenho certeza se consigo fazer isso sozinho, mas com certeza poderei fazer isso com uma companheira em minha vida, que me aceite como sou e não como deveria ser. Que veja em mim a pessoa tímida que sempre fui e não o garoto extrovertido que finjo ser. Uma companheira que consiga ver os restos do meu coração e não a construção detalhista de minha aparência. A muito que procuro um amor maior, um amor que me salve do despenhadeiro em que me encontro, um amor que salve minha vida do esquecimento e da morte. Não espero uma pessoa, pois o amor não é como queremos, ela pode e provavelmente será diferente de qualquer ideia que possa criar dela. Mas nos seus mínimos detalhes será perfeita pra mim, pois perfeição não existe no bruto, mas sim quando passamos a olhar perfeitamente uma pessoa imperfeita. Por isso o amor é algo tão fascinante e que pode ocorrer com pessoas tão diferentes. Quem ama de verdade não vê com os olhos mas sim com o coração, quem ama e cuida faz um mundo melhor.
Por que é tão difícil pensar? Por que é tão difícil fazer alguma coisa, ou até mesmo pensar em fazer alguma coisa? Existem tantas coisas no mundo, tantas idéias, tantos sentimentos que me perco nessa imensidão que muitas vezes até me enoja ver o quão “parecidas” são as coisas que na realidade são iguais na imensidão da sua originalidade. Tantas discussões inúteis sobre felicidade, liberdade, pensamentos, idéias, linhas filosóficas, quando nem mesmo conseguimos desvendar os mistérios de nossa própria mente. Eu não sei o que fazer, não sinto vontade de fazer algo mas ficar inativo não é uma opção na imensidão da minha imaginação. Eu não sei nem ao menos a razão de estar escrevendo este texto, é para mim, para os outros, para simplesmente escrever algo, postar no tumblr, sair do tédio ou se é mesmo algo do meu coração. Não sei ao certo como é a realidade fora de minha mente cansada, mas sei que diferente do mundo, minha alma está sendo inundada pela escuridão da ignorância e da exaustão, ao passo que a luz da imaginação continua aqui, mas vai diminuindo e perdendo sua força no decorrer do tempo, levando junto consigo minhas alegrias, minhas memórias. Não sei o que fazer, só sei que quero voltar a ser feliz.
O ser humano, aliás, a sociedade humana, me fascina de uma forma inacreditável, em função de que cada ser pode superar seus limites tanto físicos quanto mentais e de tal forma desenvolver premissas e silogismos diversos e contrários, mesmo que não sejam, necessariamente, incorretos. Mas assim como me fascino com o lado bom do ser, me espanto com as trevas contidas na mente humana, tida como a mente pensante de toda forma, não consigo crer na forma que o preconceito e o ódio conseguem dominar alguém e controlar sua vida e suas ações de modo a ofender, julgar e criticar alguém ao mesmo tempo em que nos julgamos melhores que os outros seres do reino animal. Descartes escreveu uma vez “Os que se metem a dar preceitos devem se julgar mais hábeis que aqueles a quem os dão; e, se falham na menor coisa, merecem ser criticados.” Vemos assim que pelas ideias do filósofo, as pessoas – que se apoderam do direito de julgar e criticar os outros seres nas suas falhas ou problemas – devem se julgar melhores do que aqueles a quem criticam e assim devem ser livres de falhas ou, graças a seus defeitos humanos, devem ser julgados e criticados da mesma forma que criticam os outros. Ninguém neste mundo, por mais puro que seja, é digno de julgar a outrem como se a verdade residisse apenas em você e em suas ideias, ninguém é digno de ter o título de superior, seja por características físicas ou por ser uma pessoa com um maior grau de instrução sobre determinado assunto. Sabedoria não é sinônimo de inteligência. E mesmo quem se julga inteligente deve estar pronto a por sua suposta inteligência a prova e dúvida de outros a ponto de que nenhum ser no mundo seja capaz de encontrar falha, para que somente assim a sua crítica seja verdadeira e aceita entre todos. Como somos todos humanos, todos somos falhos, todos somos cheios de dúvidas e defeitos que colocam nossa vida a prova, por isso me retenho de dar críticas diretas tidas como certas, apenas tento retirar minha ignorância certa e colocar no seu lugar conhecimento para levar minha vida de melhor forma como já dizia Aristóteles, em que o ser só alcançaria a felicidade levando uma vida digna, uma vida ética, ou melhor, uma vida contemplativa. Seria melhor se o mundo fosse assim e não apenas algumas pessoas.
Estou a muito, sozinho. Mas não por escolha própria e sim porque seus olhos continuam gravados em minha mente, assim como seu nome continua em meu coração. O tempo passa e com ele leva minhas memórias, nossos momentos e até mesmo apaga a sua voz de minha lembrança. Assim venho tentando me ocupar, com músicas, atividades e até mesmo pensamentos, desde que qualquer coisa que eu faça, me leve para longe de você. Nossos desejos foram tão opostos que nem acredito como deu certo por um certo tempo, eu queria um amor que resistisse ao tempo, mas você queria uma relação de momento. Enquanto para você eu era apenas mais um, para mim você foi uma que mudou tudo que tinha como certo. Agradeço as minhas amizades por terem ficado comigo e que impediram que eu me tornasse o monstro que você criou. Por sorte, caráter é algo que não se compra e mesmo faltando em você, você foi apenas uma mancha na história continua da minha vida, uma mancha que será apagada com o decorrer do tempo e da vida, pois como dizia o grande Aristóteles, a felicidade não é encontrada em momentos, mas sim no hábito de fazer o que é certo, justo, ético, por vontade própria. Eu sou feliz e espero tornar os outros felizes e corretos com minhas atitudes, aos passos vagos mas firmes de uma atitude correta.
A cada dia que passa venho pensando no que tenho feito, nas decisões que tomei. Percebi que minha vida não tem fim, não tem fim nem finalidade, mas graças a Deus não tem casualidade, não tem uma repetição de acontecimentos que tornam meu viver em um rotina, um padrão. Mudei muito em tão pouco tempo que até eu mesmo me surpreendo, mas minhas atitudes continuam com as mesmas virtudes e com o mesmo caráter que sempre tiveram. Observando como era meses e até anos atrás, ninguém me reconheceria ao acaso, pois tais mudanças foram definitivas graças a uma memória inegavelmente ruim, mas que não consigo esquecer. Uma simples lembrança, memória, momento, me aflige e me faz repensar tudo, me faz sofrer e lutar por tudo de novo, odeio isso, porque se eu já conquistei tudo que tenho a custa de muito esforço e dedicação, qual a razão de ter que conquistar tudo de novo mas de forma muito mais difícil? Muitos me perguntaram o “por que” de minha preferência pelo drama ao invés do romance tão presente em minha vida, em meus textos. Coitados. Não entendem que acabaram de responder a própria pergunta, mas irei explicar de forma definitiva. Não me refugio no romance exatamente por minha vida ser um romance inacabado, provavelmente um romance digno de José de Alencar, pois mesmo com tanto esforço, tudo que faço tem um preço a ser pago com sangue, com dor. E é ele, o romance, que me trás memórias, dores, sofrimento. Eu cansei de sofrer sem poder ao menos aproveitar, eu comando a minha vida de agora em diante. Minha vida é como a água de um lago, um simples toque, pode gerar grandes distúrbios, grandes problemas.
Também te amo maninha.
Se formos analisar, não se passou muito tempos desde o começo e já chegamos ao fim do que acreditávamos existir. Não queria que acabasse assim, mas acredito que você já desejava que isso tivesse um fim. Talvez eu sinta falta, talvez não, só sei que dei tudo enquanto você não me deu nada, então me desculpe, mas eu cansei de amores platônicos e eu mereço ser valorizado pela pessoa que sou, pelo namorado que fui e pelo que fiz por você.. Se você não valoriza, perde, assim como está me perdendo agora. Um dia talvez você perceba o erro e venha atrás de mim, mas terá que fazer muito ainda para compensar por toda esta humilhação que estou sofrendo. Assim como a conversão ao cristianismo um dia foi obrigatória, hoje me vejo obrigado a me tornar alguém que não sou por ter sofrido tanto, portanto obrigado por me tornar alguém pior. Algum dia espero voltar, se possível, a ser como eu era antes de lhe conhecer. Até lá só te digo uma coisa: ADEUS…
E quando você acha que tudo não poderia ficar melhor, tudo… acaba.